História de Jerry

O dia havia sido longo e agitado, mas finalmente Jerry estava sozinho no seu escritório em casa. Estava bastante cansado após oito horas de infindáveis reuniões na Igreja. Ao mesmo tempo estava contente pelo que vinha conseguindo realizar. Seu grupo de jovens estava aumentando, e a congregação lhe dera muitos tapinhas nas costas. O sentimento geral era de que Jerry–o líder de jovens em sua igreja–estava fazendo uma diferença positiva com os jovens. Ele se sentia bem com isso.

Jerry atirou o paletó sobre uma poltrona num canto e acomodou-se diante de seu computador para desfrutar uns poucos minutos “só dele”. Após alguns cliques–ali estavam suas amigas: mulheres posando eroticamente, pessoas tendo sexo das formas mais esquisitas. Ele partia de um site da Internet para outro como que hipnotizado. A luz de mensagens de seu telefone piscava e uma pilha de cartas aguardavam sua atenção, mas ele não conseguia afastar-se do computador.

Todos os amigos de Jerry imaginavam que ele era o exemplo do sucesso. Em seus 30 e poucos anos tinha uma bela esposa, duas filhas pequenas e um lar confortável. Qualquer fotógrafo teria orgulho de exibir uma foto da família de Jerry em seu estúdio. Profissionalmente, Jerry estava em alta demanda como orador por toda a região e mesmo pelo estado.

Mas Jerry era também um viciado–dominado pelo sexo, obcecado pela pornografia internética.

Pastor ex-viciado em pornografia

Dois anos atrás, o mundo de Jeff e Marsha Fisher desabou depois que seus líderes denominacionais descobriram que Jeff estava viciado em pornografia. Jeff, que era pastor de uma igreja plantada na cidade de Buffalo, teve de deixar seu cargo, e eles se mudaram com seus dois filhos novos de Buffalo para Raleigh.

Cerca de um ano depois de plantar uma igreja, Jeff foi confrontado pelo diretor do escritório denominacional local e o pastor da igreja que estava ajudando a patrocinar o plantio, disse ele aos ouvintes num podcast. “Eles tinham uma pasta cheia de sites questionáveis que eu havia pesquisado enquanto estava só no escritório”, recorda ele. “Foi uma intervenção”.

Marsha sabia das lutas de Jeff com a pornografia, e já lhe tinha dado uma segunda chance, mas depois dessa descoberta, Jeff disse para LifeSiteNews.com (LSN), ela “ficou compreensivelmente muito irada comigo”.

Mas, em vez de fazê-lo dormir no sofá ou abandoná-lo, Marsha acabou escolhendo acolher Jeff. “Deus realmente tocou minha esposa e depois de algumas semanas”, disse ele para LSN, “ela viu quanto eu estava sofrendo, e viu como estávamos sendo tratados por nossos mentores e líderes e sentiu compaixão de mim… Eu diria, em algum ponto… cerca de dois meses, ela veio até mim e disse que percebia que esse não era apenas problema meu. Esse era nosso problema”.

“Pense nisso como problema de ‘uma só carne’”, Marsha diz aos ouvintes num podcast. “O Senhor em seu amor me deu a capacidade de ver o problema de pornografia de Jeff como NOSSO problema de casamento”.

“Marsha me acolheu em seus braços”, Jeff disse para LSN. “Sei que uma das coisas que a motivaram foi que ela não queria que nós fôssemos um desses fracassos. Ela não queria que fôssemos uma dessas estatísticas de um casamento que não funcionou. Assim nós dois tivemos de procurar aconselhamos e tivemos de lidar com o choque disso”.

 

 

 

Depois da intervenção de seus líderes, Jeff percebeu que tinha de lidar com seu vício de um jeito mais profundo. “Eu tinha de começar a reconhecer a profundidade do problema”, ele disse para LSN. “Precisamos ir além da mera atitude de fazer algo diferente ao usar o computador ou fazer algo diferente com as mãos… Tínhamos de lidar com o vício pornográfico de um jeito mais profundo”.

“Tive de começar a praticar a verdade”, ele disse. “Eu vinha encobrindo o vício… Eu precisava começar a ter uma rede de pessoas com as quais eu poderia conversar sobre isso. Tudo começou quando eu estava conversando com os conselheiros e então liguei para meu melhor amigo, que não sabia de nada, e lhe confessei tudo, e o que aconteceu. E ele é um desses amigos… que disse, sabe, ‘Jeff, sou um bom amigo, e vamos lidar com isso’. Por pelo menos no primeiro mês, ele e eu conversávamos diariamente… Já se passaram quase dois anos, e ainda conversamos pelo menos duas vezes por semana”.