Inveja

Inveja


Administrando Conflitos- Inveja

 

Alguns estudiosos do comportamento dizem que a inveja nasce do desejo mimético, da imitação. O que rege a relação do ser humano é o desejo de possuir o que o outro tem. Veja como uma criança reage quando o irmão, por exemplo, ganha um bombom. Ela logo grita que também quer.

 

Muitas vezes queremos ser o que o outro é, saber o que o outro sabe, possuir o que o outro possui. E, é claro, o outro se torna um concorrente porque é no lugar dele que queremos estar, fazer ou possuir. É dessa maneira que no conflito penetra os relacionamentos. Passamos da imitação a rivalidade, da admiração á animosidade. O outro é nosso modelo, mas, justamente por esse motivo, ele se torna nosso rival (EC 4.4)

 

De um lado, a inveja é aquilo que faz de nós um ser social, como diz Françoise Dolto, já que ela nos leva a tomar consciência dos outros e a imitá-los. Mas, por outro lado, ela destrói as relações e suscita uma hostilidade intensa e duradoura.

 

A pessoa invejosa é agressiva, crítica, irônica, conduz-se de maneira desvalorizadora, cheia de desprezo em relação áqueles que considera como rivais. Enfim, o invejoso não descobriu quem ele é e qual o seu propósito neste mundo. Por isso passa a ser uma pessoa altamente insegura e incomodada com o outro, quase sempre insatisfeita com tudo e com todos, a começar com ela mesma.

Ela se concentra obsessivamente no objeto de sua inveja, e, assim, seu campo de visão se retrai. O invejoso pode, então, tornar-se amargurado ou amar de uma forma exagerada e hipócrita.

 

O que fazer para livrar-se de inveja? Faça um levantamento de tudo o que Deus lhe tem dado e seja grato por tudo; aceite suas limitações e evite rigorosamente se comparar com outras pessoas; passe a agradar a Deus pelos talentos, dons e pela capacidade dos outros; lembre-se de qual é o seu chamado em Deus, e não deseje o chamado dos outros. Leia Êxodo 20.17, 1Coríntios 3.3; 13.2; Tito3.3.

 

Elizete Malafaia